sábado, outubro 04, 2008

4 de Outubro: Dia Mundial dos Animais

4 de Outubro: Dia Mundial dos Animais

Talvez você não saiba, mas os animais ao redor do mundo têm um dia especial só para eles.
O dia mundial dos animais, 4 de outubro, foi lançado em 1931 em uma convenção de ecologistas para chamar a atenção ao infortúnio das espécies em extinção. Desde então, seu escopo foi ampliado, passando a abarcar o reino animal como um todo.
Em 4 de outubro comemora-se também, o Dia de São Francisco de Assis, considerado o padroeiro dos animais. De fato, é comum encontrar nas sedes das entidades de proteção animal imagens do santo italiano. Por sua relação de amor e respeito aos animais, a data serve também para comemorar o Dia Mundial dos Animais.
Francisco de Assis viveu na Itália entre os séculos XII e XIII. Durante a juventude levava a vida como um rico filho de comerciante. Então, converteu-se e passou a trabalhar com um grupo de discípulos (que ficaram conhecidos como franciscanos), todos devotos da pobreza evangélica.
Ele tinha uma relação muito especial, de muito respeito com os animais. No Cântico das criaturas, São Francisco de Assis louva a Deus por todas as criaturas, o sol, a lua, as estrelas... Há alguns anos o Papa João Paulo II decretou São Francisco de Assis como o padroeiro da ecologia, pelo reconhecido amor a todas as criaturas. Francisco de Assis foi sepultado em 4 de outubro de 1226 e canonizado em 1228. Em comemoração à data, durante este mês várias entidades de proteção animal organizam eventos sobre bem-estar animal e cerimônia de bênção aos animais.
Ao analisar a relação homem-animal ao longo da história da humanidade, percebemos que muitos erros e atrocidades foram cometidos contra os animais, por falta de conhecimento, pela ganância ou em nome de tradições culturais. Com o desenvolvimento de estudos, análises e teorias sobre comportamento animal, o homem passou a modificar sua postura, pois percebeu que os animais também sofriam e sentiam medo, dor e angústia. Isso aconteceu graças ao trabalho dos cientistas e estudiosos do comportamento animal e dos defensores de animais - pessoas que, mesmo sem nenhuma formação acadêmica, lutam pelos direitos dos animais, tirando-os das ruas, protegendo-os, criando e cuidando de abrigos.Ainda hoje vemos situações que não podem ser aceitas sem pelo menos o sentimento de forte indignação, abrigos superlotados com animais abandonados à própria sorte por seus donos, maus-tratos, envenenamentos, venda ilegal de animais silvestres, rodeios, touradas, farra do boi, ursos torturados na China, circos, feiras de animais sem controle sanitário, uso de animais em testes para cosméticos, projetos de lei que perpetuam os maus-tratos e uso em experiências científicas.Por isso, vamos aproveitar a data para refletir por alguns instantes sobre tudo aquilo que devemos aos animais, sobre todos os erros cometidos até agora. Existe um caminho a ser seguido, que é o respeito a todas as formas de vida, tanto aos aspectos mais básicos, como abrigo e alimentação, quanto ao direito a afeto, liberdade e à vida.
Declaração Universal dos Direitos dos Animais

Artigo 1º

Todos os animais nascem iguais perante a vida e têm os mesmos direitos à existência.

Artigo 2º

1.Todo o animal tem o direito a ser respeitado.
2.O homem, como espécie animal, não pode exterminar os outros animais ou explorá-los violando esse direito; tem o dever de pôr os seus conhecimentos ao serviço dos animais
3.Todo o animal tem o direito à atenção, aos cuidados e à proteção do homem.

Artigo 3º

1.Nenhum animal será submetido nem a maus tratos nem a atos cruéis. 2.Se for necessário matar um animal, ele deve de ser morto instantaneamente, sem dor e de modo a não provocar-lhe angústia.

Artigo 4º

1.Todo o animal pertencente a uma espécie selvagem tem o direito de viver livre no seu próprio ambiente natural, terrestre, aéreo ou aquático e tem o direito de se reproduzir.
2.toda a privação de liberdade, mesmo que tenha fins educativos, é contrária a este direito.

Artigo 5º

1.Todo o animal pertencente a uma espécie que viva tradicionalmente no meio ambiente do homem tem o direito de viver e de crescer ao ritmo e nas condições de vida e de liberdade que são próprias da sua espécie.
2.Toda a modificação deste ritmo ou destas condições que forem impostas pelo homem com fins mercantis é contrária a este direito.

Artigo 6º

1.Todo o animal que o homem escolheu para seu companheiro tem direito a uma duração de vida conforme a sua longevidade natural.
2.O abandono de um animal é um ato cruel e degradante.

Artigo 7º

Todo o animal de trabalho tem direito a uma limitação razoável de duração e de intensidade de trabalho, a uma alimentação reparadora e ao repouso.

Artigo 8º

1.A experimentação animal que implique sofrimento físico ou psicológico é incompatível com os direitos do animal, quer se trate de uma experiência médica, científica, comercial ou qualquer que seja a forma de experimentação.
2.As técnicas de substituição devem de ser utilizadas e desenvolvidas.

Artigo 9º

Quando o animal é criado para alimentação, ele deve de ser alimentado, alojado, transportado e morto sem que disso resulte para ele nem ansiedade nem dor.

Artigo 10º

1.Nenhum animal deve de ser explorado para divertimento do homem.
2.As exibições de animais e os espetáculos que utilizem animais são incompatíveis com a dignidade do animal.

Artigo 11º

Todo o ato que implique a morte de um animal sem necessidade é um biocídio, isto é um crime contra a vida.

Artigo 12º

1.Todo o ato que implique a morte de grande um número de animais selvagens é um genocídio, isto é, um crime contra a espécie.
2.A poluição e a destruição do ambiente natural conduzem ao genocídio.

Artigo 13º

1.O animal morto deve de ser tratado com respeito.
2.As cenas de violência de que os animais são vítimas devem de ser interditas no cinema e na televisão, salvo se elas tiverem por fim demonstrar um atentado aos direitos do animal.

Artigo 14º

1.Os organismos de proteção e de salvaguarda dos animais devem estar representados a nível governamental.
2.Os direitos do animal devem ser defendidos pela lei como os direitos do homem.
Sete atitudes responsáveis para você fazer pelos animais

1- Compre produtos livres de crueldade,
“Cruelty Free” = oriundas de empresas que não testam em animais.

Muitas indústrias farmacêuticas e cosméticas submetem animais domésticos (cachorros, gatos, ratos, sapos, etc.) a experimentos cruéis e desnecessários, geralmente sem anestesia, causando uma vida de intenso sofrimento ou uma morte imediata. Vários tipos de testes químicos e laboratoriais são realizados com o objetivo de “fins científicos para uso em seres humanos”, antes de irem para as prateleiras das lojas, mantendo, dessa forma, a indústria da vivissecção.
Atualmente em muitos países, empresas “humanitárias”, com ideais anti vivisseccionistas, criaram produtos seguros para os consumidores, testados de outras formas, exibindo um selo de identificação - um coelho desenhado com o símbolo de proibido e a expressão “cruelty free” - nas embalagens dos produtos.
Verifique os ingredientes de sabões, shampoos, cremes, cosméticos, sempre procurando a frase: “Não testado em animais”.

2- Faça uma alimentação ética. Não coma carne.

À medida que for elaborando o seu plano de alimentação, pense em incluir produtos substitutos da carne, como salsichas vegetais, hambúrgueres de soja, proteína de soja texturizada, tofu ou queijo de soja, que simulam o sabor e textura da carne, tendo normalmente menos gordura e calorias.
Ser Vegetariano é ter respeito pela sua saúde, pelos animais, e pelo Ambiente. É buscar um mundo melhor!
A indústria da carne é extremamente nefasta para os animais, obtida através da tortura e da chacina. Para o Ambiente, é uma indústria extremamente poluidora. Além disso, ajuda a estimular e fortalecer a fome mundial (imensos recursos desperdiçados).

3- Evite produtos derivados de animais.

Roupas, tênis, bolsas e demais acessórios de couro, objetos de marfim, casacos de pele, casacos de lã, roupas de seda e os perfumes feitos com Almíscar são produtos resultantes de crueldade contra animais. De preferência, compre produtos que sejam éticos, naturais, biológicos, biodegradáveis e amigos do ambiente.
Em pleno século XXI, com a moderna tecnologia da indústria têxtil, milhares de animais indefesos têm sido mortos para que sua pele sirva de adereço. Não devemos e podemos mais considerar sofisticado o uso de algo que deixa rastro de sofrimento de animais.
Atualmente ser chique é mais do que usar um casaco de couro de boi ou de crocodilo. Ser chique é ser consciente e ter atitude, fazendo escolhas que a deixe bem-vestida sem que, para isso, seja preciso prejudicar o meio-ambiente, não trazendo consigo o sofrimento de minks, raposas, coelhos e outras espécies.
Há boas versões sintéticas, que aquecem e embelezam, com grandes vantagens: mais baratas e mais fáceis de manter.
Assim, opte por tecidos vegetais e biológicos (algodão, fibras de garrafas pet, fibras de bambu, etc.).

4- Não compre animais em lojas.

Adote e esterilize - um animal de abrigo, da rua, de um canil municipal, mas não incentive criadores profissionais.
A superpopulação de animais não é um problema de animais sem raça definida. As carrocinhas também recebem muitos animais de raça. Enquanto o nosso povo não estiver educado para respeitar os animais, o comércio dos mesmos é nocivo. Para cada cão de raça vendido numa feira ou num pet shop, 2 cães vira-latas são mortos em canis municipais, vítimas de maus tratos.
Os considerados “vira-latas” são verdadeiros nobres quando o assunto é retribuir uma nova oportunidade de vida. Além de inteligentes, os resgatados garantem amizade e fidelidade incondicionais. Uma amizade para a vida inteira!

5- Faça um trabalho voluntário.

A maioria das entidades também precisa de gente para elaborar campanhas, escrever artigos para a imprensa, traduções, etc. Escolha uma associação e doe uma parte do seu tempo, arrecadando ração com a vizinhança, juntando jornais velhos, lixo reciclável (algumas entidades vendem latinhas e embalagens plásticas usadas), remédios, etc.

6 - Divulgue campanhas entre seus amigos, fazendo um trabalho de conscientização.

As nossas atitudes são o espelho da sociedade em que vivemos e que ditam o mercado. Qualquer ação a esse respeito o torna um ativista.

7- Denuncie maus tratos a animais.Com a nova Lei de Crimes Ambientais, não há mais razão para não se denunciar maus tratos a animais. Você pode ir a uma delegacia e fazer a queixa. Tenha uma cópia da Lei impressa, mostre para o delegado e exija o seu cumprimento.
Procure uma associação e peça orientação, mas não deixe que crimes contra animais aconteçam diante de seus olhos, sem tomar uma atitude.
Fontes: PAW / Apasfa / Ceab / Ponto Final

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