sábado, julho 26, 2008

Toda a verdade sobre as baratas

Toda a verdade sobre as baratas

As baratas são uma das mais impressionantes criaturas existentes na superfície do planeta, com uma admirável capacidade de adaptação. Elas surgiram muito antes dos dinossauros, cerca de 350 milhões de anos atrás, e resistiram à todas transformações catastróficas mantendo as suas características biológicas, bem como a sua aparência.
As baratas são insetos cosmopolitas, ou seja, ocorrem em todo planeta, com aproximadamente 3500 espécies existentes, somente poucas (1%) convivem com o ser humano nas residências e atuam como pragas. E apesar de serem conhecidas como insetos repugnantes e maléficos, elas ainda merecem nosso respeito, pois não são seres maléficos. Tudo depende do referencial ambiental.


Espécies do Brasil

A espécie Periplaneta americana é a mais comum nas cidades brasileiras, onde seu vôo assusta inúmeras pessoas dentro das casas. Outra espécie também muito comum é a Blatella germanica, bem menor que à anterior, com movimentos rápidos e gosta de ficar em áreas de armazenamento de material orgânico, como estoque de alimentos. Essas duas espécies citadas não existiam em nosso território, mas na verdade foram importadas da Europa por navios desde à época da colonização no continente americano.


Habitat

Preferem locais quentes e úmidos. A barata de esgoto normalmente habita locais com muita matéria orgânica e gordura em abundância como galerias de esgoto, bueiros, caixas de inspeção. Elas podem voar por grandes distâncias, até entrar pela janela de apartamentos nos últimos.
Algumas espécies podem alimentar-se também de celulose (papel, livro, madeira), ou ainda de fezes, sangue, insetos mortos, resíduos de lixo ou esgoto. Tem o hábito de regurgitar um pouco do alimento parcialmente digerido e depositar fezes, freqüentemente ao mesmo tempo em que se alimentam.
As baratas são insetos de hábitos noturnos, embora não sejam sociais como os cupins e as formigas, são gregárias, isto é, vivem em grupos e reprodutivamente são hemimetábolos, ou seja, com metamorfose incompleta (simples) em três estágios: ovo, ninfa(jovem) e adulto. As baratas colocam os seus ovos em uma cápsula chamada ooteca, que pode ser carregada pela fêmea para um local apropriado para à eclosão dos ovos, normalmente em frestas, fendas, cantos escuros, gavetas ou atrás de móveis.
Como alimentam-se de tudo que é orgânico, elas são animais muito úteis na natureza, pois ajudam na reciclagem da matéria orgânica no meio ambiente e são importantes na cadeia alimentar de diversos animais.


Doenças

Como gosta de habitar nos esgotos, tornou-se a disseminadora para alguns microorganismos patogênicos, como bactérias (enterobactérias, pneumocoos, salmonelas), vírus, cistos de protozoários (ameba e giárdia) e alguns ovos de vermes, estes podem ser encontrados nas sua pernas espinhosas. Portanto, são importantes responsáveis por doenças como gastroenterocolites, cólera, difteria, diarréia, toxoplasmose, herpes, lepra, pneumonia, intoxicação alimentar, infecções respiratórias entre outras.


Lendas que são verdade

Todo mundo já ouviu falar que as baratas poderiam sobreviver se ocorresse a explosão de uma bomba atômica no planeta... Seria uma lenda? Não, é a mais pura verdade.
Em testes de laboratório resistiram à exposição radioativa, certamente após uma guerra nuclear elas estarão presentes.
Outra questão, é se as baratas conseguem sobreviver mesmo decapitadas. Conseguem, sim. E a cabeça também se mantém viva sem o corpo, pelo menos por algumas horas até ficar sem energia. Se receber nutrientes e for refrigerada, uma cabeça de barata pode até durar mais.
Decapitar uma barata pode parecer macabro, mas cientistas já conduziram vários experimentos com baratas sem cabeça – e só com as cabeças – para responder a questões pertinentes. Ao literalmente perderem a cabeça, as baratas ficam privadas de hormônios que controlam o amadurecimento, uma descoberta que está ajudando os pesquisadores a investigar a metamorfose e a reprodução dos insetos. Já o estudo das cabeças separadas revela como os neurônios dos insetos funcionam. No final das contas, os resultados são mais uma prova da resistência invejável dessas criaturas.
Uma barata sem cabeça pode não ser a mais esperta, mas com certeza consegue sobreviver.


Fonte: Universo Biológico / UOL

Um comentário:

Anônimo disse...

a ultima foto foi nogenta mas o comentariu foi legal!!!!!!!!!