domingo, janeiro 27, 2008

A intrigante Área 51

A intrigante Área 51

Área 51, como hoje se sabe, é uma das instalações militares mais secretas do mundo, mantida pelo governo norte-americano localizada no Deserto do Nevada, 170 km ao norte de Las Vegas.
O local não é reconhecido pelas autoridades, que chegam ao disparate de negar sua existência.
No entanto, na base são realizados avançados testes com protótipos de aviões revolucionários e muitas outras experiências com tecnologia de ponta, que o governo dos EUA não quer que sejam de conhecimento público. Entre suas principais atividades, segundo especialistas e ex-funcionários que estiveram no interior de Dreamland, está a pesquisa de naves extraterrestres acidentadas em nosso planeta e resgatadas com número reduzido de avarias. Viajando rumo ao norte de Las Vegas, EUA, a mais ou menos 130 milhas de puro deserto, você vai passar pela área de testes atômicos de Nevada, e chegar a um lugar que, oficialmente, simplesmente não existe.

Bem-vindo a Groom Lake

Bem-vindo a Ultra-Secreta Área 51, ou Lugar dos Sonhos (Dreamland), como a chamam os pilotos que já sobrevoaram a Área. Somente agora o Governo Americano divulgou a sua existência, como uma simples área de testes. Mas não é bem assim. Construída pela Lockheed em 1955 para desenvolver o fantástico avião espião U-2 para a CIA, a Área 51 tem sido palco de fantásticos acontecimentos. Além do U-2, foram também lá desenvolvidas aeronaves com incríveis avanços tecnológicos, como o A-12 (precursor do SR-71 Blackbird) em 1960. A essa época, passou por uma reestruturação entrando em ação um aparato de segurança sem precedentes. Em 1970 começou a ser desenvolvido o F-117A Stealth Fighter, o avião invisível, não detectável por radares, e em 1984, o Governo Americano se apropria ilegalmente de 89.000 acres de uma área vizinha, ferindo a Constituição dos EUA.
A descisão da apropriação, criticada furiosamente pelo Congresso Americano, foi estranhamente aprovada depois, pelo mesmo Congresso. Algo de estranho acontecia naquela Área.
Porque tanta segurança? Por que a violência usada a qualquer pessoa que pensasse em aproximar-se? Porque o controle do tráfego aéreo na Região? Os poucos testemunhos juravam ter visto estranhas aeronaves fazendo evoluções impossíveis e a uma velocidade inimaginável para uma aeronave convencional. Alucinações coletivas? Folclore? Em 1989 entra em cena Robert Lazar *, militar, físico e engenheiro que havia trabalhado no Laboratório Nacional de Los Alamos, convocado a trabalhar num projeto secreto: a tecnologia da "Engenharia Reversa" usado como propulsão de naves alienígenas!! Lazar trabalhou em nada mais nada menos do que nove naves alienígenas da Área S-4 (dentro da Área 51, ao sul) onde tomou conhecimento sobre como tais naves eram capazes de atravessar facilmente e rapidamente as vastas distâncias entre estrelas e planetas. Lazar resolve então levar ao público sua fantástica história, confirmada depois por outros militares e cientistas que tomaram parte do projeto ou integraram o Corpo Militar da Área 51. Willian Cooper, da Inteligência Naval Americana, não só confirmou tudo o que dizia Lazar, como foi mais longe. Denunciou a existência de um Governo Secreto, iniciado com o Caso Roswell, em 1947 que chamou de "A Conspiração". Membros selecionados entre militares e a CIA estariam trocando tecnologia com inteligências extra-terrestres para, num futuro próximo, criarem a Nova Ordem Mundial, dominada, é claro, pelos americanos e seus aliados. No caso, alienígenas.


Segurança

Ao longo dos anos, a Área 51 tem sido exemplarmente bem guardada por militares em jipes, helicópteros Pave Hawk e aviões diversos. Um sofisticado sistema de detecção de presença capta tudo o que se mexe em seu perímetro, ativando os guardas que vão ao local da intrusão e removem os que se aventurarem pelos morros em volta da base. Esses sensores são tão modernos que seriam capazes de "sentir" literalmente o cheiro de estranhos e poderiam distinguí-los de animais.
Somente de cima de alguns deles, aliás, e em condições absolutamente favoráveis, é que se consegue ver algo da área. Isso, se os militares não prenderem o curioso. Há placas espalhadas por todos os cantos, informando que intrusos podem ser detidos. Na verdade, pela extensão da lei de segurança nacional dos EUA, um curioso capturado nos arredores de Dreamland pode ficar detido sem qualquer explicação a dar ou receber por até 72 horas.
Em determinadas circunstâncias, os guardas podem atirar para matar - sem qualquer pergunta ou titubeio.
O perímetro de segurança da área cresceu muito nos últimos anos, como mostram as fotos.

Até 1984 era fácil observá-la da montanha Bald e de outros lugares mais altos, que ficam ao norte das instalações militares. Mas, devido às hordas de curiosos que para lá acorriam, a Força Aérea Norte-Americana (USAF) estendeu a área da vizinha Base Aérea de Nellis, cerca de 100 km de Dreamland, de forma a reforçar a segurança do local contra invasões. Entretanto, dois morros ao sul de Groom Lake ainda ofereciam uma visão razoável da base até 1995, quando as autoridades também suprimiram este acesso. As localidades de White Sides Peaks e Freedom Ridge foram então anexadas ao complexo militar que, insistem as autoridades, não existe...
Felizmente, agora temos as fotos de satélite para apreciar. E isso é bom para a saúde dos ufólogos, que corriam sérios riscos adentrando os arredores de Groom Lake. A duas horas de carro de Las Vegas, pela rodovia NV-93, em pleno deserto de Nevada, estima-se que o complexo militar de Dreamland tenha 9 mil hectares, inserido numa área equivalente ao tamanho da Suíça. Seu espaço aéreo é o mais inviolável dos EUA: nenhuma aeronave tem permissão para sobrevoá-lo, nem mesmo de companhias aéreas regulares que atendem ao sul do Nevada e da Califórnia.
Em seus primórdios, a Área 51 já serviu como base secreta de operações para a Lockheed Aircraft Corporation desenvolver aviões de espionagem para a CIA. Mas foi usada também pela Comissão de Energia Atômica dos EUA para testes de bombas - inclusive nucleares. Segundo especialistas, a área continua sendo a sede de alguns dos projetos mais revolucionários dos EUA - não porque a tecnologia lá utilizada seja de segurança nacional no país, e sim porque teria origem extraterrestre


Mortes e Processos

Um juiz de Las Vegas liberou recentemente vários documentos que adicionam detalhes de um processo movido por ex-empregados da secretíssima Base Aérea Groom Lake, onde está localizada a Área 51, contra o governo norte-americano. Segundo informações, antigos funcionários que trabalharam naquelas instalações acusam os militares de expô-las a materiais tóxicos e radioativos que eram utilizados na base, prejudicando sua saúde. O juiz Philip Pro acatou a acusação dos ex-funcionários e reconheceu que o estado de segurança nacional mantido em Groom Lake realmente impõe aos trabalhadores das instalações militares condições arriscadas.
Com experiências secretas sendo desenvolvidas no local, era de se esperar que materiais tóxicos e com elevados índices de radioatividade pudessem de alguma forma prejudicar a saúde dos empregados, e ainda contaminar o meio-ambiente. Isso originou nova ação contra os militares, instaurada pela Agência de Proteção de Meio-Ambiente, também aceita no ano passado. Pro ordenou também que todas as informações concernentes ao uso de material secreto ou arriscado em Dreamland fossem liberadas ao público. "Os quatro volumes de documentos divulgados pelo juiz não mostram nada de espetacular, mas sim uma batalha entre o Departamento de Justiça norte-americano, que defende a segurança nacional, e o advogado Jonathan Turley, de Washington, que defende os interesses dos funcionários agredidos, que preferem permanecer anônimos", disse um especialista.
Entretanto, esses documentos possuem vários parágrafos e páginas censuradas e, em algumas áreas, documentos inteiros sumiram dos originais, numa manobra conhecida para se ocultar fatos que atinjam a segurança nacional. Entre as acusações que fazem os queixosos, os militares que operam a Área 51 armazenariam em condições precárias materiais perigosos e incandescentes, muitas vezes estocados em poços a céu aberto. O processo que está sendo movido garante ainda que a fumaça da combustão dessas substâncias tenha causado sérios danos à saúde do grupo e a morte de pelo menos um deles. O governo diz não reconhecer o óbito e ainda informa que todas as precauções de saúde e higiene são tomadas naquela instalação, para que os operários e cientistas não sofram conseqüências do manuseio de materiais de risco.
Cadáveres - Ainda assim, no ano de 1989 o metalúrgico Robert Frost, que trabalhava em Dreamland, morreu em conseqüência da exposição a material radioativo. Sua esposa Helen afirmou que Frost teve sua morte causada pela inalação da fumaça tóxica que saía das fornalhas mantidas na base. Mas não obteve sucesso numa causa judicial que moveu no inicio dos anos 90, em que pedia indenização. Uma referência à morte de Frost consta dos documentos liberados pelo juiz Pro. Outro ex-funcionário de Groom Lake, Kim Pagliaro, disse ter visto o cadáver próximo aos poços que continham substâncias tóxicas armazenadas. "Cheguei a ouvir os gritos dele quando foi contaminado", disse Pagliaro. Ele afirmou também que, toda vez que certas substâncias pretas em forma de placas sólidas caíam nas roupas dos trabalhadores, eles tinham que verificar para que as mesmas não deixassem vestígios que pudessem ligá-los à base secreta. Além disso, os funcionários da Área 51 eram filmados o tempo todo e submetidos a revistas constantes.


Instalações Subterrâneas

"A liberação de informações sobre as atividades exercidas em Groom Lake seria extremamente prejudicial à segurança nacional", declarou Clinton. Mas isso foi antes da TerraServer vir a público com as fotografias que expõem a realidade existente atrás das montanhas do Deserto do Nevada, entre as quais se aloja a maior e mais complexa unidade militar do mundo. Todos os anos o presidente Clinton assina um novo documento em que dá continuidade ao sigilo sobre a Área 51.
Isso só ajuda a fomentar a curiosidade e a indignação popular. Ainda assim, mesmo que muitos ufólogos acreditem que o governo norte-americano tenha acesso à tecnologia extraterrestre, suas opiniões sobre o que ocorre em Dreamland podem ser divergentes. O físico canadense Stanton Friedman, correspondente de UFO no Canadá e um dos maiores especialistas no assunto, garante que a área está sendo usada para o desenvolvimento de uma grande variedade de veículos secretos, "como o U-2, o SR-71, o próprio Stealth e provavelmente o Projeto Aurora". Friedman já esteve no local durante o programa Larry King Live, em outubro de 1994, e disse que "...muitas das instalações da Área 51 são subterrâneas e estão dentro de montanhas. Por isso que os satélites espiões que passam sobre a região nada detectam de significante". Até este momento.
Para Friedman, por serem subterrâneas, as instalações militares de Dreamland estão bem protegidas contra as armas nucleares inimigas, além da curiosidade dos ufólogos. Ele não acredita nas histórias de Bob Lazar: "Lazar mentiu sobre seu passado e até sobre seu currículo profissional e escolar. Por isso é difícil crer que esteja falando a verdade sobre qualquer coisa. Ainda assim, acredito ser possível que veículos alienígenas estejam sendo guardados no subsolo".
É claro, não havia expectativa em ver UFOs estacionados nas pistas de decolagem, ou fazendo manobras sobre a torre de controle da Área 51. Mas as imagens mostram que o governo norte-americano tem informações ultra-secretas que deseja manter longe do alcance do público. Não seria de se surpreender se agora, após o acontecido, Dreamland fosse aberta para alguma rede de televisão norte-americana ou mesmo para o público. Tudo isso faz parte do jogo de desinformação que se exercita para esconder a verdade. Enquanto isso acontecesse, quem sabe o governo dos EUA já não estaria reestruturando a manutenção do sigilo em torno de uma eventual Área 52?


Ameaças e Testemunhas

"Não é fácil tentar descobrir alguma coisa sobre o que acontece na Área 51", desabafa o experiente Knapp. "Todas as investigações que realizamos são acompanhadas por militares da base, e nossas tentativas de entrevistar testemunhas que lá trabalharam são completamente frustradas". Outro jornalista que investigava a área abandonou seu trabalho por ter recebido represálias. Um engenheiro eletrônico que observou um disco voador nos arredores da base e diz-se disposto a fazer uma declaração num programa de tevê desistiu da tentativa assim que percebeu estar sendo seguido por militares. Muitas outras testemunhas dispostas a vir a público foram ameaçadas de forma direta ou indireta. O ufólogo Norio Hayakawa filmou a rápida aparição de um objeto que surgia próximo à Área 51 - "definitivamente não convencional e em hipótese alguma um avião" - mas quando tentou fazer declarações a respeito, foi intimidado por agentes federais.
Ainda assim, filmagens de UFOs nos arredores de Las Vegas e ao norte, próximo a Dreamland, estão longe de serem incomuns. Uma revista, nos anos 80, lançou um vídeo com mais de 120 minutos de filmes de estranhos objetos voadores não identificados registrados nestas condições. Atualmente, o vídeo Segredos que o Governo Oculta é o documentário mais completo já produzido sobre a Área 51. No vídeo há gravações que mostram objetos brilhantes se deslocando pelo céu em velocidades surpreendentes, executando manobras impossíveis.
Um desses objetos se aproximou de uma equipe de reportagem da rede norte-americana NBC e seus membros ficaram com queimaduras produzidas por algum tipo de radioatividade desconhecida. No filme ainda pode ser vista a imagem de dois supostos discos voadores: um deles parecendo-se com um reator voando a baixa altitude e, o outro, com uma réplica mal feita de um cesto de lixo. Os objetos seriam máquinas aéreas criadas e manipuladas dentro de programas que fogem à vigilância do Congresso dos Estados Unidos, chamados de black programs ou black operations.
"Existem pelo menos oito black programs voando pela Área 51", afirma o escritor especializado em aeronáutica Jim Goodall. "Como o caça Stealth, eles são projetos secretos do governo e realizam manobras a impressionantes velocidades e condições, levando muitas pessoas a acreditar que se trata de discos voadores". Apesar de todo o alvoroço que foi criado em torno das imagens divulgadas pela TerraServer e as milhares de histórias a respeito de Groom Lake, o Pentágono negou no mês passado que existam projetos secretos ou mesmo discos voadores na área, admitida em comunicado oficial apenas como "uma instalação militar como qualquer outra".
É evidente que, se existem realmente extraterrestres participando de programas militares secretos em Dreamland - ou em qualquer outro lugar dos EUA -, o governo jamais admitiria... Perguntado por repórteres se havia ou não naves ou qualquer outra coisa alienígena no local, o porta-voz Ken Bacon chegou a insinuar um sorriso e afirmou que tudo não passava de imaginação. Mas foi imediatamente desmentido por um outro ex-funcionário da área, segundo o qual os oficiais saberiam muito bem esconder o que quisessem dos olhos de curiosos. Até mesmo o presidente Bill Clinton, que já foi favorável à liberação de informações sobre UFOs, declarou ao Congresso que vai continuar mantendo em sigilo as atividades da força aérea na base secreta de Groom Lake, por tempo indeterminado.


Tecnologia revolucionária

Desde o estabelecimento da Área 51, várias pessoas declararam ter visto estranhos objetos sobrevoando seu espaço aéreo e arredores, mas as autoridades sempre negaram os fatos. Contudo, um de seus próprios funcionários declarou que na base, além de projetos militares avançados que usam tecnologia alienígena ativamente, discos voadores genuinamente extraterrestres também seriam objetos de estudo. As naves, resgatadas intactas ou não em acidentes, eram consertadas ou reconstruídas em Dreamland e depois submetidas à prova por pilotos de testes. Foi o próprio físico Robert "Bob" Lazar quem fez tal afirmação, sendo seguido por vários outros ex-funcionários das instalações de Groom Lake. "Quase todos os dias eu pegava o avião em McCarran e ia à 'Fazenda', onde trabalhava em tecnologia revolucionária", declarou Lazar, que trabalhou cinco meses na base, a partir de dezembro de 1988. O piloto de testes e herói de guerra John Lear, filho do então proprietário da fábrica de aviões a jato Learjet, foi um dos que colocou os UFOs à prova.
Recentemente estendeu suas declarações e informou que o governo norte-americano estava pesquisando nada menos que nove discos voadores na Área 51, e tentava adaptar sua tecnologia em projetos terrestres, com o uso da chamada engenharia reversa. Por suas declarações, ele e sua mulher receberam várias ameaças de morte. Assim, evitando correr riscos, em novembro de 1989 decidiu aparecer em público e confirmou suas alegações. Disse que há um lugar secreto no interior da Área 51, conhecido como S-4, próximo ao lago seco Papoose, onde as naves alienígenas eram guardadas. Explicou que seu trabalho se dava justamente naquelas instalações, junto a uma equipe de 22 engenheiros contratados para estudar os sistemas de propulsão dos discos voadores. Agora, as novas imagens da TerraServer confirmam as declarações de Lazar, mostrando detalhes de tais instalações.
Segundo Lazar, o S-4 era um enorme complexo subterrâneo que ocupava toda a área de uma cordilheira de montanhas. No início, o físico pensou que estivesse trabalhando com uma tecnologia altamente sofisticada criada pelo homem. Mas quando entrou em um dos discos voadores lá alojados, convenceu-se de que se tratava de algo de outro mundo, porque tanto sua forma quanto suas dimensões confirmam sua origem não humana. "As naves que examinei não possuíam juntas aparentes, nenhuma solda, parafusos ou rebites", disse Lazar. "As bordas de todos os elementos da espaçonave eram arredondadas e suaves, como se tivessem sido feitas com cera quente submetida a um rápido processo de resfriamento".
De acordo com seu relato, havia arcos e delicadas cadeiras de somente 30 cm de altura no interior dos veículos espaciais. Sua unidade de propulsão era o que mais lhe intrigava: tinha o tamanho de uma bola de beisebol e irradiava um campo antigravitacional através de uma coluna oca, situada verticalmente no centro da nave. Lazar teve sua curiosidade científica aguçada e passou a procurar informações sobre tudo o que acontecia em S-4. Foi quando teve acesso a um memorando que confirmou suas suspeitas. Nele havia uma quantidade impressionante de informações sobre os UFOs, "inclusive fotografias de autópsias de pequenos seres cinzas com grandes cabeças calvas", declarou à Revista UFO. "O governo estava escondendo da população fatos da maior gravidade, e tudo aquilo estava sendo feito em Groom Lake, mais precisamente em S-4".


Hangares Gigantescos

Noutra fotografia da TerraServer podem ser vistos o que se parece com quatro gigantescos hangares para aviões, ao lado da referida pista. Ampliando-se a imagem, se observa também alguns ônibus, torres de tráfego aéreo e até carros – muita atividade para um lugar que sequer consta dos mapas oficiais. “Se você perguntar a qualquer morador daquela região sobre a base, vão lhe dizer até onde ela fica e a que horas podem ser vistas luzes estranhas”, disse à Revista UFO o estudioso David Darlington. “Mas se você fizer a mesma pergunta a uma autoridade ou até mesmo a um guarda de trânsito, eles jamais admitirão a existência do local”.
Alguns estudiosos já afirmaram que um dos hangares da foto seria o famoso Hangar 18, tema de livros e até de um filme sobre a queda de uma nave extraterrestre.
Mas a confusão foi desfeita rapidamente, pois o referido hangar, hoje desativado, ficava na Base Aérea de Wright-Patterson, em Ohio. Era para lá que corpos de alienígenas e naves extraterrestres acidentadas eram enviados, antes da Área 51 ser usada para o mesmo fim.
A reação da comunidade científica norte-americana à revelação das fotos foi imediata e dividiu celebridades. “Eu quero ver discos voadores como qualquer outra pessoa”, disse John Pike, da Federação Americana de Cientistas. “Nas fotos pode ser vista intensa atividade acontecendo naquele lugar. Parece que muita verba é aplicada na Área 51, mas pouquíssima informação sobre seu uso sai de lá” . Ufólogos também se agitaram em todos os cantos da Terra. Pela primeira vez, algo verdadeiramente importante estava acontecendo e tinha chances de forçar o governo a admitir a existência de Dreamland definitivamente. A TerraServer, portanto, está fazendo um grande favor à comunidade ufológica internacional. A tecnologia que empregou na obtenção das fotos só era utilizada, até então, pelas agências de inteligência mais preparadas do mundo, com seus satélites espiões de alta especialização.
Com tais instrumentos em mãos, imagina-se que até 2003 mais de 10 empresas de cinco países se beneficiem diretamente da obtenção de fotos de alta resolução em qualquer parte do globo. Isso está deixando o governo dos EUA preocupado, pois se acredita que imagens como essas possam encorajar a indústria internacional da espionagem e, conseqüentemente, ataques contra a sociedade por grupos extremistas.
Ao longo dos anos, a Área 51 tem sido exemplarmente bem guardada por militares em jipes, helicópteros Pave Hawk e aviões diversos. Um sofisticado sistema de detecção de presença capta tudo o que se mexe em seu perímetro, ativando os guardas que vão ao local da intrusão e removem os que se aventurarem pelos morros em volta da base. Esses sensores são tão modernos que seriam capazes de “sentir” literalmente o cheiro de estranhos e poderiam distinguí-los de animais. Somente de cima de alguns deles, aliás, e em condições absolutamente favoráveis, é que se consegue ver algo da área. Isso, se os militares não prenderem o curioso.
Há placas espalhadas por todos os cantos, informando que intrusos podem ser detidos. Na verdade, pela extensão da lei de segurança nacional dos EUA, um curioso capturado nos arredores de Dreamland pode ficar detido sem qualquer explicação a dar ou receber por até 72 horas. Em determinadas circunstâncias, os guardas podem atirar para matar – sem qualquer pergunta ou titubeio.
O perímetro de segurança da área cresceu muito nos últimos anos, como mostram as fotos. Até 1984 era fácil observá-la da montanha Bald e de outros lugares mais altos, que ficam ao norte das instalações militares. Mas, devido às hordas de curiosos que para lá acorriam, a Força Aérea Norte-Americana (USAF) estendeu a área da vizinha Base Aérea de Nellis, cerca de 100 km de Dreamland, de forma a reforçar a segurança do local contra invasões. Entretanto, dois morros ao sul de Groom Lake ainda ofereciam uma visão razoável da base até 1995, quando as autoridades também suprimiram este acesso. As localidades de White Sides Peaks e Freedom Ridge foram então anexadas ao complexo militar que, insistem as autoridades, não existe...
Felizmente, agora temos as fotos de satélite para apreciar. E isso é bom para a saúde dos ufólogos, que corriam sérios riscos adentrando os arredores de Groom Lake. A duas horas de carro de Las Vegas, pela rodovia NV-93, em pleno deserto de Nevada, estima-se que o complexo militar de Dreamland tenha 9 mil hectares, inserido numa área equivalente ao tamanho da Suíça.
Seu espaço aéreo é o mais inviolável dos EUA: nenhuma aeronave tem permissão para sobrevoá-lo, nem mesmo de companhias aéreas regulares que atendem ao sul do Nevada e da Califórnia. Em seus primórdios, a Área 51 já serviu como base secreta de operações para a Lockheed Aircraft Corporation desenvolver aviões de espionagem para a CIA. Mas foi usada também pela Comissão de Energia Atômica dos EUA para testes de bombas – inclusive nucleares. Segundo especialistas, a área continua sendo a sede de alguns dos projetos mais revolucionários dos EUA – não porque a tecnologia lá utilizada seja de segurança nacional no país, e sim porque teria origem extraterrestre.


Fotos do local e muitas controvérsias

Todas as manhãs, pelo menos 500 pessoas chegam a um terminal de embarque restrito na ala norte do Aeroporto McCarran, em Las Vegas, Nevada. Lá, embarcam num Boeing 737-200 sem qualquer tipo de identificação. Após 30 minutos de vôo, chegam ao seu destino final: Base Aérea de Groom Lake, cerca de 170 km ao norte da capital mundial dos cassinos. O governo norte-americano só admitiu sua existência oficial em 1994, e ainda assim com muitas restrições. Mas que segredos tão importantes poderiam estar escondidos neste local?
Parte dessa resposta foi dada no dia 18 de abril passado, através do site TerraServer, na Internet. A empresa, sediada na cidade de Raleigh, também nos Estados Unidos, é especializada na obtenção e comercialização de imagens digitais via satélite, que disponibiliza para compra através do endereço www. terraserver.com. Quem visitou o site a partir daquela data pôde ver em detalhes inéditos, dúzias de fotografias da Área 51, embora com poucas explicações. As imagens foram obtidas no dia 17 de março de 1998 num trabalho em conjunto das empresas Aerial Images, Inc., Microsoft, Compaq e Kodak. O satélite usado para fazer as fotos digitais é de uma empresa soviética ligada à Agência Russa de Aviação e Espaço, a Sovinformsputnik.
“Conheça os segredos da área militar mais bem guardada do mundo”, dizia o site da TerraServer. De fato, as detalhadas imagens mostram o real tamanho dessa que é uma das maiores e mais secretas bases militares de todo o planeta. A Base Aérea de Groom Lake ocupa apenas uma fração da área total onde está Dreamland. Durante muito tempo, o mundo apenas suspeitava que uma base como a Área 51 existisse – apesar de alguns ufólogos falarem abertamente sobre o assunto desde os anos 70. A unidade é gigantesca, e tão secreta que não aparece em qualquer mapa civil ou militar que não seja destinado ao uso por autoridades de altíssimo escalão. E tem décadas de existência: desde a Segunda Guerra se testam armamentos secretos em suas instalações, o que justificaria a segurança e confidencialidade máximas.
Entretanto, depois do explosivo aumento no número de ocorrências ufológicas em todo o mundo, principalmente nos Estados Unidos, a Área 51 e outras instalações militares com os mesmos recursos passaram também a comportar experiências secretas com UFOs acidentados e resgatados em todo o planeta. O complexo principal de Dreamland tem sua estrutura básica quase toda alojada abaixo da terra, em prédios subterrâneos que, segundo especialistas, teriam mais de 20 andares. Nas fotos reveladas pela TerraServer podem ser vistas entradas misteriosas para esse universo subterrâneo. Agora, após sua exposição, os ufólogos do mundo inteiro se perguntam – dessa vez somados à população, que já conhece a verdade sobre o local – duas coisas. Primeiro, se o governo vai de uma vez admitir sua existência.
Segundo, se o número 51 é indicativo de que outras 50 unidades iguais tenham sido construídas antes dela.
Quantas foram depois só o tempo dirá.
Numa das fotos mais nítidas é mostrada uma pista de pouso e decolagem de 9 km de extensão, o que equivale a quase 50 campos de futebol colocados lado a lado. O satélite da Sovinformsputnik revelou que a pista é maior do que algumas das mais gigantescas do mundo, alojadas em aeroportos como Los Angeles, Atlanta e Frankfurt. Mas, para que se necessita de uma pista com essa enormidade? Talvez a resposta esteja na construção de aviões invisíveis ao radar, como o Stealth e Aurora, desenvolvidos e testados no local. Entretanto, as imagens da TerraServer são bem complexas. Algumas mostram como a área cresceu, inclusive detalhando a reconstrução e expansão do conjunto de prédios e alojamentos militares que lá existem. Numa das imagens vêem-se instalações recém construídas e até um descomunal paiol de munições.
Aqui reside um problema da maior gravidade: o governo norte-americano irá ter incômodas dores-de-cabeça para explicar à nação como novos prédios foram erguidos naquela que é uma área militar inexistente, segundo todos os informes e declarações oficiais. E não se pense que tal cobrança não será feita: a Área 51 é objeto constante de programas da forte e incisiva Imprensa daquele país. Até Larry King, da CNN, já fez entrevistas com estudiosos do problema, diretamente dos arredores da base e ao vivo! A questão da segurança nacional envolvendo Dreamland é tão complexa que Hollywood satirizou o fato no filme Independence Day, quando fez alusão ao fato de que o próprio presidente norte-americano desconhecia sua existência. “Clinton pode saber que ela existe, mas tem apenas vaga idéia do que se faz lá”, declarou recentemente o físico e ex-funcionário da área Bob Lazar.


Afirmação concreta

De concreto, sabe-se que além do U-2, aviões como o A-12, o SR-71, o F-117A, entre outros, foram testados e desenvolvidos na base. Da sopa de letrinhas e números, basta dizer que o SR-71 é detentor do recorde de velocidade e altitude de um avião tripulado, e o F-117 é o avião “invisível” ao radar. A base de testes de Nevada também foi palco para experimentação de diversas armas, incluindo testes nucleares na atmosfera e aviões soviéticos capturados.

* Robert Scott Lazar (Coral Gabbles, California, 26 de janeiro de 1959), também conhecido por Bob Lazar, é um físico norte-americano que se notabilizou pela polêmica causada nas discussões sobre OVNIs acerca da Área 51. Lazar alega ter trabalhado de 1988 a 1989 como físico em uma área chamada S-4, localizada perto de Groom Lake, Nevada, próximo à Área 51. De acordo com Lazar, S-4 servia como um esconderijo militar para o estudo de discos voadores extraterrestres. O físico diz ter visto nove discos diferentes lá. Ele também fornece detalhes sobre o modo de propulsão das naves.


Fonte: Diskinternet / Revista UFO

Nenhum comentário: