segunda-feira, dezembro 17, 2007

IMAGEM ESPETACULAR !!!!!

As rãs tropicais sul americanas dos gêneros Dendrobates e Phyllobates conhecidas como “sapinho-ponta-de-flecha” segregam um veneno mortal que é utilizado pelos indígenas na ponta de suas flechas. A toxina de uma destas rãs pode matar até 1.500 pessoas.
Todos os sapos produzem substâncias tóxicas. Já as rãs raramente são venenosas, mas algumas que vivem na América Central e do Sul estão entre os animais venenosos do mundo. As suas cores vibrantes são um aviso: o animal que toca nelas pode ficar paralisado e morrer em poucos segundos. A rã venenosa é muito conhecida dos índios da Colômbia que usam o veneno dela na ponta de flechas nas suas caçadas.
Os relatos indicam que a prática indígena de coleta de toxina consiste em capturar a rã viva, que é empalada e colocada sobre um braseiro; com a dor provocada pelo calor advém a secreção da toxina, na qual, então, é embebida a ponta da flecha de caça.
Não há tratamento consolidado para o envenenamento desta toxina. O que se pode fazer a título experimental é tratar de reverter a depolarização de membrana mediante a aplicação de outras toxinas com efeitos antagônicos, como é o caso de tetrodotoxina (isolada do peixe-balão ou um tipo de baiacú) e de saxitoxina (de algas dinoflageladas). Interessantemente, a tetrodotoxina também é encontrada em duas rãs, Atelopus chiriquiensis e Atelopus varius (rã-arlequim) encontrada na Costa Rica e Panamá.
Como pergunta final: o que ganha a pequena rã ostentando cores escandalosas e acumulando na pele tão potente toxinas? A resposta é simples: sobrevivência, afastando os predadores com ambos expedientes. Mas com isso tudo, ainda existe uma exceção: a cobra Liophis Epinephelus, se não imune, é pelo menos resistente à batracotoxina e ataca, engole e digere a pequena rã sem maiores problemas gástricos ou neurológicos.

Este é um verdadeiro exemplo de que “tamanho não é documento”, afinal de contas esta pequena rã mede cerca de um centímetro!

Ricardo M. Freire